"Ela" e seus "Encontros e Desencontros".

É verdade que eu adoro cinema, mas isso não me faz uma especialista, longe disso. Mas que você pode encontrar semelhanças nesses dois filmes pode. E acho que nisso eu não estou errada.
Bom, os dois ganharam o Oscar de Melhor Roteiro Original, Spike Jonze já foi casado com Sofia Coppola, e os dois abordam um tema mais e mais comum hoje em dia: a solidão. Não me refiro a solidão como não ter amigos ou nada do tipo, me refiro a mesmo em uma cidade bem agitada como Los Angeles ou Tóquio, rodeada de pessoas e lugares ótimos para visitar, ainda assim se sentir sozinho e triste. O que é um dos assuntos principais dos dois filmes. E ainda me atrevo a dizer mais: parece até que “Ela” se trata de uma resposta a “Encontros e Desencontros”.

    

“Ela” (2013) se trata de um filme que se passa em um futuro não muito distante - e quando digo isso me refiro a um futuro sem carros voadores e robôs- onde podemos simplesmente pedir para nosso celular tocar uma música melancólica ou trabalhar em uma empresa onde recebemos pedidos para escrever cartas para pessoas queridas. E é exatamente isso que o protagonista do filme, Theodore (o ótimo Joaquim Phoenix), faz. Ele escreve, o melhor dita para o computador, coisas que ele imagina que as pessoas sintam, como são, como reagem a situações. Sua vida é solitária e ele ainda anda meio que abalado com a sua separação, até ele adquirir um novo sistema operacional inteligente, a Samantha com a voz da Scarlett Johansson, que ganhou o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Roma pelo filme. Com o passar dos dias, eles vão se conhecendo mais e mais, um encantando o outro, até Theodore se apaixonar por Samantha. Acho que isso também acontece pelo fato de ela estar sempre lá para ouvi-lo, sempre quando ele precisar, a qualquer hora, ele tem a ela.
Já em “Encontros e Desencontros”, podemos acompanhar a estadia de Charlotte (olha a Scarlett aqui de novo!) em Tóquio com seu marido, que parece só ter tempo para o trabalho e que viaja e a deixa sozinha no Hotel onde ela encontra Bob Harris (Bill Murray), um ator famoso que vai á Tóquio fazer um comercial de uísque. Os dois se divertem na cidade juntos, conversam sobre seus relacionamentos, desejos e quem são. 


Bem, foram feitas suposições de que o filme de Spike Jonze foi feito para responder o de Sofia Coppola, que supostamente havia feito o filme sobre o relacionamento dela com seu ex marido (Jonze). Mas os dois negam a hipótese. Acho que isso não importa, o que importa é que os filmes são muito bons, de uma sensibilidade tamanha, uma LINDA fotografia e ótima trilha sonora, e valem muito a pena serem assistidos, mas apesar de tudo, aviso de antemão que não esperem grandes emoções nos dois.  Ambos são filmes calmos e meio parados, o  que não os fazem ruins. De jeito nenhum. 
Assistam os dois e outros filmes desses dois diretores maravilhosos!

Sincerely yours, 
Letícia de Melo.

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